O livro não recebeu muito destaque aqui no Brasil e imagino que ele será divulgado com mais frequência a partir do ano que vem, já que no Brasil o filme vai estrear somente em fevereiro.
O livro é contado por três mulheres Skeeter, a jornalista “solteirona”, Aibileen, a empregada doméstica comprometida com o trabalho e Minny, a empregada doméstica mais desbocada que já conheci. A história toda se passa nos anos 60, período que mostra que os negros eram “livres” da escravidão, mas não tinham liberdade para misturar-se com o resto da população.
Skeeter é uma jornalista recém-formada que depois do termino da faculdade volta para a casa dos pais para viver com sua mãe em volta avisando que ela vai ser a vergonha da família, pois é solteira e se continuar mal humorada e rabugenta, nenhum homem vai querer ela como esposa. Seu objetivo antes de sair da faculdade era já ter um emprego em uma grande revista ou jornal de Nova York, porém nem tudo é como a gente quer e ela não consegue vaga nenhuma. A única vaga que conseguiu foi no Jackson Journal, como uma colunista que ajudava as donas de casa com os seus problemas de limpeza.
Aibileen era uma doméstica que trabalhava para a família Leefolt. Ela se considerava uma doméstica que não conseguia trabalhar no mesmo local depois que as crianças ficassem com mais de oito anos, principalmente, pois os pais delas começavam a ensinar coisas erradas sobre pessoas de cor.
Minny também é doméstica, mas ela começa trabalhando para a mãe de Hilly Holbrook, porém, depois de ter feito “a coisa proibida” ela é demitida e com Hilly espalhando para toda a alta sociedade que ela é uma ladra, o único local que consegue um novo emprego é com Celia Foote, só que o detalhe daquele emprego é que o marido da patroa não poderia saber que ela trabalhava lá.
Após ver algumas injustiças e projetos de banheiros para pessoas de cor/empregadas domésticas, nas casas da alta sociedade, Skeeter decide convencer Aibileen a participar do projeto que ela esta criando para enviar a uma editora de Nova York, que revela histórias sobre a vida das empregadas domésticas com suas patroas. Nessas histórias podem ser conhecidas coisas boas e na maior parte das vezes más.
Inicialmente Aibileen não queria colaborar, pois achava muito arriscado, mas depois de presenciar a morte de algumas pessoas negras resolveu que iria colaborar com tudo que fosse necessário e ficou como responsável por ajudar a encontrar outras empregadas para entrarem no livro.
O livro é fascinante e mesmo tendo quase 600 páginas, ele não é complicado de ler, mesmo trazendo alguns fatos históricos. Este livro deveria ser lido por todos, para verem a bela mensagem que passa e fazer com que muitos de nós, que ainda possuem preconceitos em relação à cor da pele, vejam que todos somos iguais e podemos viver em um ambiente harmonioso.
Uma das grandes diferenças do livro brasileiro é a capa. Escutei e li muitas criticas em relação a mudança da capa original, mas para mim, a capa brasileira reflete e impacta muito mais a ideia do filme.
O filme baseado no livro ganhou no Brasil o título “Histórias Cruzadas”. Apesar de seu tempo de duração, ele apresenta as principais ideias do livro e os ideais das personagens. Na história é mantido também os pontos cômicos e mais difíceis do livro. Considerei uma boa adaptação, mas acho que ela ela necessitava de alguns ajustes.