Aproveitando que na próxima semana o filme que foi baseado no livro “A Invenção de Hugo Cabret” chega às telas, vou fazer uma resenha dele. O livro foi lançado em 2007 pela Edições SM.
O livro pode assustar com suas quase 600 páginas, mas ele é muito rápido de ler. Eu li em duas horas. Na verdade isso acontece por que ele é todo ilustrado e a quantidade de texto que esta presente nele é pequena. O legal desse livro, que as figuras acabam tornando-se palavras pois sem elas o livro ficaria completamente sem sentido.
O livro conta a história de Hugo, um garoto que perdeu seu pai e vive na estação de trem, ajustando todos os enormes relógios que existem na estação. Ele começou a fazer isso após a morte de seu pai, pois foi morar com seu tio, que fazia esse trabalho. Só que seu tio está desaparecido e ele ficou completamente sozinho.
Na estação, existe uma banca de brinquedos, que Hugo sempre rouba algum para poder concertar o misterioso autômato, uma espécie de robô que escreve mensagens, que seu pai estava tentando concertar para decifrar a mensagem que estava nele. O dono da loja de brinquedos era Georges, um senhor que sempre estava de mau humor e não gostava muito de falar sobre sua vida, principalmente seu passado. Georges tem uma afilhada. Isabelle gosta muito de ler e de fazer companhia para seu padrinho, apesar de ele não ser muito carismático.
Em um dia que Hugo rouba um brinquedo da banca de Georges, ele é apanhado e Georges quer que ele devolva tudo o que roubou. Hugo se faz de desentendido e mostra que não pegou nada e tira de seu bolso um caderno que possui muitos desenhos do autômato. Georges ao abrir o caderno fica espantado e pressiona o garoto para saber onde conseguiu aqueles desenhos. Hugo foge, mesmo sem seu caderno, uma das últimas lembranças deixadas por seu pai.
Para tentar conseguir o caderno de volta, Hugo começa a trabalhar para Georges e seua afilhada promete ajudá-lo a recuperar o caderno, porém Isabelle e Hugo começam a ficar desconfiados de Georges, pois ele não era mais o mesmo após ver os desenhos. Porém, eles só conseguiram entender o porquê dessa diferença de comportamento de Georges, após Hugo descobrir que a chave em formato de coração presa ao pescoço de Isabelle ligava o autômato e revelou um desenho e a assinatura de seu tio, Georges Méliès, um grande cineasta.
O livro é fantástico e é tão bom de que dá vontade de ler várias vezes seguidas. Achei legal que os personagens no filme são bem parecidos com os que são apresentados nos desenhos do livro e pelo menos pelo trailer, deu pra perceber que eles conseguiram relatar o principal da história.
Lembrando que o filme está indicado para o Oscar 2012 em 11 categorias e já ganhou o Globo de Ouro para melhor diretor. Sua estreia no Brasil é na próxima sexta-feira.
Espero que gostem da resenha e se puderem leiam o livro!