Fotos: Léo Marinho/AgNews e Fred Pontes/Divulgação |
Há muito tempo o Brasil carecia de um nome que representasse a música pop no país. Pense por alguns segundos e tente fazer uma lista com artistas que cantam, dançam e que se dedicam ao estilo. Fugindo do brega-romântico, esbarramos em Wanessa. A cantora acaba de lançar o CD e DVD ao vivo da DNA Tour, gravado no fim do ano passado em São Paulo. O palco do Vivo Rio recebeu na última sexta-feira (10) um espetáculo de calibre internacional e quem esteve presente pôde ver o (re)nascimento de uma estrela.
A abertura não foi capaz de suprir a ansiedade pela atração principal, mas a novata Natália Damini mostrou que se esforça para que seu trabalho seja reconhecido. Por cerca de 30 minutos, a cearense apresentou seu repertório, basicamente composto por covers, como “Starships”, “Diamonds” e “She Wolf”. Ganhou o público quando confessou ser fã de Wanessa.
Mais uma volta no relógio. 23h15. Cortinas abertas: a gigante estrutura com painéis de LED de última geração deu vida à interlude de “Blind Faith”, o que levou o público ao delírio. Wanessa finalmente surgiu cantando a faixa-título da turnê. Sua evolução vocal é notável e de deixar qualquer um boquiaberto. Com muito fôlego, um bocado de coreografia e um incessante coro de fãs que cantava todas as músicas, teve “Stuck on Repeat”, “Get Loud!”, “Murder” e “Messiah”.
Mister Jam foi o responsável por conter a animação do público durante os breves momentos em que Wanessa se ausentava para trocar o figurino e para respirar um pouco. Com a ausência de “Deixa Rolar”, faixa que conta com a participação de Naldo, ela retornou ao palco com o sucesso “Fly”, música que pode ser considerada como precursora dessa nova fase. E para quem sentia falta, os hits em português também tiveram espaço na DNA Tour. Wanessa entoou os versos de “Não Me Leve a Mal (Let Me Live)”, “Sem Querer”, “Não Resisto A Nós Dois” e “Amor, Amor”, com participação especial de Preta Gil. Sem a companhia de Bryan Tanaka, o show seguiu com uma performance impecável de “Blow Me Away” e a novíssima “Shine It On”.
Já na fase final do espetáculo, o destaque vai para “Hair and Soul”. Uma multidão assídua levantou plaquinhas com o dizer “Oh”, trecho presente no refrão da música. A homenagem deu tão certo que fez com que Wanessa errasse a coreografia. “Worth It”, “Sticky Dough” e “Falling for You” foram as últimas, encerrando a cadeia deste DNA com carisma e perfeição.
A única coisa capaz de me incomodar foi a quantidade de espaços na pista. Colocar uma turnê na estrada não é tarefa fácil, ainda mais quando se canta um estilo quase não praticado no país. Já ouvi por diversas vezes opiniões que se dirigem diretamente ao fato dela cantar em inglês. Mas qual é o problema? Nós gostamos tanto daqueles enlatados americanos... Dispa-se desses preconceitos, dê uma chance, assista Wanessa – mesmo que pelo DVD - e permita-se conhecer algo novo. Sim, eu disse novo. Nada no Brasil é parecido com o trabalho que ela vem fazendo.
Wanessa recriou seu DNA. Uma nova dinastia tem início: sem comparação, sem competição e até mesmo sem o sobrenome do avô Francisco. Ela é única, ela é boa, ela é nossa!
A única coisa capaz de me incomodar foi a quantidade de espaços na pista. Colocar uma turnê na estrada não é tarefa fácil, ainda mais quando se canta um estilo quase não praticado no país. Já ouvi por diversas vezes opiniões que se dirigem diretamente ao fato dela cantar em inglês. Mas qual é o problema? Nós gostamos tanto daqueles enlatados americanos... Dispa-se desses preconceitos, dê uma chance, assista Wanessa – mesmo que pelo DVD - e permita-se conhecer algo novo. Sim, eu disse novo. Nada no Brasil é parecido com o trabalho que ela vem fazendo.
Wanessa recriou seu DNA. Uma nova dinastia tem início: sem comparação, sem competição e até mesmo sem o sobrenome do avô Francisco. Ela é única, ela é boa, ela é nossa!