Audrey Hepburn, uma estrela que completa 85 anos

Como nasce um mito? Grandes estrelas do cinema e da música não morrem, eles descansam para virarem lendas. Em 20 de janeiro de 1993 o c…

Como nasce um mito? Grandes estrelas do cinema e da música não morrem, eles descansam para virarem lendas. Em 20 de janeiro de 1993 o cinema perdia uma de suas maiores estrelas para um câncer de apêndice, Audrey Hepburn. A atriz belga que virou ícone de moda para várias gerações é considerada uma referência até hoje.

A história de Audrey mais parece um roteiro de filme. Filha de um banqueiro Inglês-irlandês e de uma baronesa holandesa, desde cedo se interessou pelas artes. Estudou em um internato na Inglaterra para ficar longe dos conflitos familiares, porém com o estouro da Segunda Guerra Mundial e da declaração de guerra da Inglaterra contra a Alemanha, a mãe de Audrey mudou-se para a Holanda, achando que por lá ficaria livre do conflito. A situação na Holanda foi bem diferente da planejada.

Com a invasão nazista, a vida da família foi tomada por uma série de privações. Audrey teve muitas vezes de comer folhas de tulipa para sobreviver. Envolvida com a Resistência, muitos de seus parentes foram mortos na sua frente. Durante o período, ela participou de espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levava mensagens secretas em suas sapatilhas.

Com o fim da Guerra, Audrey e sua mãe voltaram para a Inglaterra, onde ingressou na prestigiada escola de dança Marie Lambert. Mas sua professora foi categórica: ela era alta demais e não tinha talento suficiente para tornar-se uma bailarina prima. Desiludida, passou a trabalhar como corista e modelo fotográfica para garantir o sustento da família. Foi neste ponto que decidiu investir em outra área: a atuação.

A partir daí começa uma ascensão, Audrey chamava a atenção por onde passava, sendo por sua beleza, talento ou a simplicidade que tratava todos ao seu redor. Ela nunca foi de ficar vislumbrada com o sucesso, pelo contrário, usou sua influência nas artes para ajudar os mais necessitados.

Hepburn era em sua época o que seria Angelina Jolie nos nossos dias, bela, talentosa e engajada nas causas sociais. Em uma carta aberta em 2012 para a “Harper’s Bazaar Brasil” seu marido, o também ator Robert Wolders declarou que “Audrey descobriu, bem cedo, que a autoestima baseada na fama ou na beleza tem vida curta. Por isso, continuou a sempre ser ela mesma – realista, consciente e carinhosa. Quando observava uma injustiça, usava sua presença e energia para chamar a atenção aos assuntos que mais a afetavam, especialmente aquele que se tornou sua maior preocupação: as condições de vida e bem-estar das crianças”.

Audrey não morreu. Como disse no inicio, ela descansou seu corpo, para que sua imagem se tornasse lenda. Vemos Audrey sendo referência em editorias de moda, estampas de camisas e todo e qualquer livro sobre a historia do cinema tem sua pagina dedicada a essa mulher fantástica.

Quem nunca assistiu aos icônicos “Bonequinha de Luxo” ou “A princesa e o plebeu”? Se ainda não, vale a pena dedicar um pouco do seu tempo para esses clássicos. Podemos ver em sua atuação a simplicidade com que ela fazia suas cenas, parecia uma diversão, Audrey não teve aulas de interpretação. Tinha mesmo era uma disposição extraordinária para dividir seus sentimentos mais íntimos, suas alegrias, suas tristezas e suas convicções.

Hoje, caso estivesse viva em corpo, Audrey faria 85 anos, mas nas mentes de seus fãs e admiradores ela nunca se foi. Basta pegar um de seus filmes e dar o play para sabermos que essa mulher esplêndida continua viva. Audrey é ícone, lenda, mito e por muitas gerações futuras seu nome ainda será lembrado. Quando a arte de atuar é feita com amor, ela perpetua pela eternidade. 

Abaixo, você confere a homenagem do Google para a atriz:
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