O livro 'A Filha do Sangue', de Anne Bishop, é o primeiro da "Trilogia das Joias Negras" e foi lançado no Brasil pelo selo Saída de Emergência.
Vamos aos primeiros pontos do livro: logo de cara já é apresentado ao leitor um resumo dos personagens e divisões sociais do livro. Sempre quando um livro traz isso no início já fico com um pé atrás, pois mostra que talvez o leitor tenha um pouco de dificuldade para entrar no universo do livro. E pra mim, foi exatamente o que aconteceu.
O mundo criado por Anne Bishop apresenta dois grupos sociais principais: os plebeus e as pessoas de sangue. As pessoas de sangue são aquelas que podem realizar feitiços e, em um determinado momento da vida, fazem uma oferenda às trevas. O poder dessas é definido pelo tipo de pedra que cada uma recebe: quanto mais escura ela for, mais forte serão seus poderes.
A ideologia desse universo é matriarcal, ou seja, é dominado pelas mulheres. No caso, elas são feiticeiras e seus servos são homens que podem ser transformados em escravos sexuais, independente da hierarquia social de nascença.
No Reino Distorcido, Dorothea é a rainha. Ela é muito malvada, principalmente com seus servos (que usam um anel em seus órgãos sexuais, que dependendo da atitude, podem causar muita dor), mas eles acreditam que tudo pode melhorar em função de uma profecia, escrita há mais de 700 anos em que uma feiticeira muito poderosa teria poder suficiente para destruí-la, e dificilmente enfrentam a rainha.
A ideologia desse universo é matriarcal, ou seja, é dominado pelas mulheres. No caso, elas são feiticeiras e seus servos são homens que podem ser transformados em escravos sexuais, independente da hierarquia social de nascença.
No Reino Distorcido, Dorothea é a rainha. Ela é muito malvada, principalmente com seus servos (que usam um anel em seus órgãos sexuais, que dependendo da atitude, podem causar muita dor), mas eles acreditam que tudo pode melhorar em função de uma profecia, escrita há mais de 700 anos em que uma feiticeira muito poderosa teria poder suficiente para destruí-la, e dificilmente enfrentam a rainha.
Só que eles não esperavam que a garota, tão comentada na profecia seria Jaenelle, uma garota de 12 anos que possui um poder muito forte, porém, ainda em treinamento e por isso não sabe controlar tudo. E é nesse poder que muitos estão interessados. Quando Jaenelle souber controlar e utilizar ele da forma correta, ela vai dominar todo o reino.
Mudando de dimensão, passamos para o Inferno, que é controlado pelo Senhor das Tevas, Saetan. O chefe desse mundo tem dois filhos, Daemon e Lucivar, que são escravos sexuais, mas esperam que a feiticeira da profecia possa salvá-los dessa situação. Após Jaenelle pedir que Saetan seja seu tutor, e ensine a ela como usar seu poder, ele e seus filhos começam a tomar conta da garota, mesmo estando em espaços diferentes. Isso acontece pois Jaenelle tem o poder de viajar entre as dimensões. Nesse mundo, em que vence a feiticeira com a pedra mais escura, Jaenelle vai precisar aprender a controlar seus poderes para lutar entre o bem e o mal.
Não sei se é por que foi um dos últimos livros que li nesse mês de agosto, mas achei ele um pouco denso e muitas vezes percebi que ficava perdido na história (provavelmente um sintoma de ressaca literária). O livro trás temas pesados, mas que enquadram-se na narrativa apresentada por Anne. Apesar das cenas sexuais (que não são os principais pontos do livro) ele não é um livro erótico. De acordo com a autora, ele está enquadrado no gênero "dark fantasy" e esse gênero inclui cenas do tipo em seus livros.
Imagino que se for ler novamente possa entender melhor seus personagens e algumas situações. Pretendo fazer isso no momento em que ler o segundo livro da Trilogia, "A Herdeira das Sombras", que será lançado em Setembro.