Dentre as várias sequências previstas para chegar ao cinema esse ano, Invocação do Mal 2 certamente era uma das mais esperadas, após o enorme sucesso de público e crítica que o primeiro filme fez em 2013, assim como o derivado Annabelle que não conquistou tanto os críticos, mas conseguiu achar seu lugarzinho diante do público em 2014. Agora, o segundo filme possui a difícil tarefa de se igualar ao longa original, e felizmente, isso é comprido
Para a alegria de todos, toda a equipe criativa está de volta, incluindo o diretor James Wan (Jogos Mortais), os roteiristas Carey e Chad Hayes (A Casa de Ceira), e os atores Patrick Wilson (Watchmen) e Vera Farmiga (Amor Sem Escalas), reprisando os papéis de Ed e Lorraine Warren.
Assim como o primeiro filme que nos introduz ao caso da boneca Annabelle, para logo depois nos levar para o lar da família Perron. Aqui, o roteiro é ainda mais conciso em iniciar a história com o famoso caso de Amityville, e introduzir aos poucos a família Hodgson, vítimas do caso real conhecido como “O Poltergeist de Enfield”, mas sem deixar os protagonistas de lado e balanceado com naturalidade os dois núcleos, até que ambos se tornem apenas um.
O diretor e os roteiristas sabem como desenvolver os personagens, e é nesse ponto que a franquia se diferencia, pois assim é possível conhecer e nos apegar aos personagens, conhece-los melhor e torcer por eles, diferente de outros filmes do gênero onde não conhecemos os personagens a fundo.
O diretor e os roteiristas sabem como desenvolver os personagens, e é nesse ponto que a franquia se diferencia, pois assim é possível conhecer e nos apegar aos personagens, conhece-los melhor e torcer por eles, diferente de outros filmes do gênero onde não conhecemos os personagens a fundo.
O elenco está impecável. É maravilhoso rever Wilson e Farmiga novamente no papel do famoso casal que investiga casos paranormais, ambos parecem mais a vontade do que no primeiro filme, e a nova família também logo nos conquista. Peggy (Frances O'Connor - A.I.: Inteligência Artificial), Margaret (Lauren Esposito), Billy (Benjamin Haigh) e Johnny (Patrick McAuley) apresentam ótimas atuações, convencem no medo e realmente parecem uma família de verdade, mas é Janet (Madison Wolfe - Joy: O Nome do Sucesso) que realmente chama atenção. A pequena atriz não desaponta em nenhum quesito. O medo e o desespero são de uma veracidade incrível, assim como as cenas de possessão, e até sua inocência que logo trata de nos conquistar.
Também é interessante como o roteiro introduz a personagem Anita Gregory (Franka Potente - American Horror Story: Asylum), uma psicóloga descrente ao sobrenatural. Sua desconfiança só agrega ao filme, pois representa parte do público que não acredita que o filme possa ser baseado em fatos reais. O modo como o roteiro trata isso pode fazer com que até o telespectador mais cínico possa se identificar.
Além disso, a inclusão de Maurice Grosse (Simon McBurney - A Teoria de Tudo) só traz mais veracidade para a história, e apesar da participação pequena, ele também possui uma interessante história de fundo para estar ali documentado casos paranormais.
Além disso, a inclusão de Maurice Grosse (Simon McBurney - A Teoria de Tudo) só traz mais veracidade para a história, e apesar da participação pequena, ele também possui uma interessante história de fundo para estar ali documentado casos paranormais.
Até mesmo as criaturas assustadoras se destacam pela riqueza de detalhes, e não duvide encontrar o Homem Torto, o demônio-freira Valak ou o poltergeist Bill Wilkins nas festas de Halloween desse ano. Toda a ambientação da história nos anos setenta é deslumbrante e realmente nos teletransporta de volta para à época. Incrível como a fotografia de Don Burgess (Os Muppets) altera a gama de cores entre os Estados Unidos e Londres, assim como o figurino de Kristin M. Burke (Sobrenatural) aposta em peças simples, mas ainda assim belas e que se destacam em cada cena.
Raro de se ver em um filme de terror, a música também é uma parte importante do filme, apostando em sucessos como "I Started a Joke" do Bee Gees, e "London Calling" do The Class. Mas uma das melhores cenas certamente é quando a ótima "Can't Help Falling In Love" de Elvis Presley é interpretada por um dos personagens do filme, dando um tom de leveza e nos preparando para o grande climax logo depois.
O diretor também soube aproveitar o maior orçamento que o filme recebeu do estúdio, e os efeitos especiais melhoraram consideravelmente, sem exageros e sem esquecer dos efeitos práticos. E até mesmo nas cenas mais assustadoras, ou nos inevitáveis sustos, é impossível desgrudar os olhos da tela.
E assim, por mais que alguns desacreditassem, Invocação do Mal 2 consegue superar seu antecessor, dando aos fãs exatamente aquilo que é proposto, respeitando o filme original, e as histórias reais que inspiraram a história. Certamente, esse segundo filme abre novos caminhos para o futuro, e atualmente se mostra a franquia de terror mais promissora do cinema.
E assim, por mais que alguns desacreditassem, Invocação do Mal 2 consegue superar seu antecessor, dando aos fãs exatamente aquilo que é proposto, respeitando o filme original, e as histórias reais que inspiraram a história. Certamente, esse segundo filme abre novos caminhos para o futuro, e atualmente se mostra a franquia de terror mais promissora do cinema.