'A Livraria dos Finais Felizes', de Katarina Bivald

Sabe aquele tipo de livro que te transporta pra dentro dele, e você se imagina sendo amigo dos personagens e vivendo naquele ambiente…

Sabe aquele tipo de livro que te transporta pra dentro dele, e você se imagina sendo amigo dos personagens e vivendo naquele ambiente?

"A Livraria dos Finais Felizes" é assim. A história escrita por Katarina Bivald foi lançada no Brasil em agosto, pela Suma de Letras.

Sara tem 28 anos, vive na Suécia e trabalha na mesma livraria há anos. Ela não tem muitos amigos e nem gosta muito de sair; sua maior companhia são os livros.

E por causa deles ela acaba se correspondendo por cartas e trocando livro pelo correio com Amy, uma senhora que mora no interior dos Estados Unidos. Até que um dia Sara perde o emprego e recebe o convite de Amy para visita-la. Chegando lá, Sara descobre que Amy morreu.

Ela então se encontra sozinha em uma cidade desconhecida, com pessoas com as quais ela só conhece a descrição, por causa das cartas de Amy. Porém ela é muito bem recebida na cidade, pois assim como Amy contava sobre os habitantes de Broken Wheel para Sara, também falava de Sara para os amigos de Broken Wheel.

E aos poucos vamos conhecendo todos: Grace, a dona da lanchonete; George, que é super prestativo; Jen, que é responsável pela newsletter da cidade; a certinha Caroline; o grande amigo de Amy, John; o casal gay Andy e Carl; e o sobrinho de Amy, Tom. A cidade acolhe muito bem a turista, hospedando-a na casa de Amy e dando todo suporte a ela.

Porém Sara sente-se mal por não poder retribuir toda a gentileza, já que ninguém a deixa pagar nada. Até que ela tem a ideia de abrir uma livraria na cidade, com os livros que eram de Amy, já que a senhora tem uma grande coleção.

Esse é o enredo de “A Livraria dos Finais Felizes”, um livro para quem gosta de livros. É uma história com vários clichês, mas que ainda assim é muito boa. Não há uma trama muito complexa, mas é uma leitura tão gostosa de ser feita, que não dá vontade de parar de ler. E há várias citações e referências a livros famosos, de “Harry Potter” a “Eragon”, passando por “Bridget Jones” e “Melancia”.

O mais interessante é que antes de alguns capítulos temos uma carta de Amy para Sara, e assim descobrimos aos poucos como a amizade delas foi construída. Já que o livro começa com Amy já morta, foi uma forma bem inteligente de inseri-la na história.

Acho que um dos motivos de eu me sentir tão “por dentro” da história foi ter me identificado com a Sara em muitos momentos. Seja na personalidade dela ou nas atitudes em determinadas situações, onde eu talvez fizesse a mesma coisa.

O maior foco da história é a amizade da Sara com os moradores de Broken Wheel, mas claro, há romance também. É bem óbvio por quem a Sara se apaixona, mas eu gostei porque lá no final da história se forma outro casal que eu não esperava e nunca ia imaginar, e achei o máximo! Um casal que quebra paradigmas.

“Existe um livro para cada pessoa e uma pessoa para cada livro” é o lema de Sara, e aos poucos ela vai influenciando os novos amigos a lerem e gostarem de livros. Se você quer uma história sobre o “poder transformador dos livros” (parafraseando a crítica da People), essa é a pedida. O final eu garanto, é feliz.
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