Duduzinho é um dos representantes do funk atual e pela Warner Music Brasil prepara seu segundo álbum de estúdio. Com o single 'Faço O Que Eu Quero' mostra toda sua irreverência e mostra que gosta de misturar estilos e referências. Na entrevista, realizada por telefone, conversamos sobre carreira, música, influências do Funk e até GTA.
Vi que você começou cedo na música. Como foi esse momento, saindo da ideia de ser um jogador de futebol e chegando na música?
Foi uma loucura. Eu era jogador de futebol, nunca sonhei em ser músico. Eu já era funkeiro, curtia uns bailezinhos, cantava no chuveiro, mas nunca como profissão, por que não adiante fazer música se você não sente a parada. Eu jogava bola, um amigo me chamou para cantar em uma festa e nunca mais parei. Então foi tudo muito complexo. No início eu não tinha noção se sabia cantar, eu não sabia que tom minha voz poderia chegar, não sabia se minha voz era legal para esse tipo de música. Eu não sabia nada e eu fui me descobrindo. Até hoje eu vou me descobrindo dentro da música. E eu não paro em um único ritmo, vou sempre mudando, como em 'O Mundo é nosso' que tem hip hop, funk, melody, agora o reggaeton. Eu sempre busco a evolução.
No álbum ‘Sem Limites’, percebi que você traz o funk com várias ritmos diferentes. Tem algum estilo musical que você acompanha e gostaria de arriscar em novas músicas?
Isso, vai do funk à música romântica ou pop. Tudo o que é novo me agrada muito. O reggaeton era uma música que ouvia e sempre tive vontade de fazer. O próximo pode ser algo que esteja escutando no momento, algo que esteja escutando a muito tempo. Eu sempre busco a evolução, pode ter certeza que não será parecido com esse.
Tem alguma personalidade do funk que te inspira desde o início?
Inspiração eu não tive, pois não tinha aquela pessoa que eu escutava em casa e quis começar a cantar. Mas tenho pessoas que admiro muito no funk, como se fossem professores. MC Cidinho, Sapão, que é meu paizão. Tenho a honra dele me considerar como filho; Buchecha. A gente sempre respeita a galera que começou antes. Se o funk tá bonito hoje é porque a gente deu uma força, mas principalmente por quem começou lá atrás. É por isso que tenho um respeito muito grande pelo funk lá de trás.
No clipe ‘Faça o que eu quero’ você surpreendeu muitos fãs por apresentar um espaço de Los Angeles conhecido de alguns no jogo GTA. Sei que você gosta de jogar videogame. O jogo é um dos seus favoritos? Como foi gravar o clipe lá?
É um jogo favorito e eu me senti lá! Pilotando aquela nave, só faltou os policiais me seguindo. Gravar o clipe foi surreal, uma mistura de sonho com realidade. Não foi uma questão de ostentação, até porque não mostramos isso com cordões, carros. A ideia ali foi fazer um clipe para motivar. É pra mostrar que vim da comunidade, tive uma história, que subi degrau por degrau. Quis mostrar ali que todo mundo pode fazer o que quer. E a forma de mostrar o que queria fazer, foi ter ido para Los Angeles e mostrar um espaço que a galera vê por videogame ou filme. Foi a realização de um sonho e serve para mostrar para a molecada, o público que me segue, que tudo é possível. É só ter fé, respeitar o próximo, manter o pé no chão e trabalhar.
Sei que você gosta de trabalhar com músicas que tenham mensagem...
É, o pessoal não escuta só para dançar. É bom que a galera leve a mensagem pra vida, pois quem envelhece é o artista, não a música. As vezes você vai escutar lá pra frente e ela vai fazer o mesmo sentido de 10 anos atrás. Então prezo muito por esse lado da musicalidade.
E o que podemos esperar dos próximos meses? Eu sei que você já está com o segundo álbum em produção.
Isso, estamos nessa fase de escolhas, juntar o que já tenho com outras coisas boas que chegam pra gente. E só posso dizer que 'Faço O Que Eu Quero' é só 1% do que temos pra mostrar, tem muita coisa nova e pode ter certeza que vamos trabalhar muito para mostrar o que podemos fazer.
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