Planeta dos Macacos: A Guerra | Crítica

Macacos. Trilogia. Forte. Estas são as palavras exatas que usei ontem à noite no Twitter para descrever a trilogia. E, francamente, não…
Macacos. Trilogia. Forte. Estas são as palavras exatas que usei ontem à noite no Twitter para descrever a trilogia. E, francamente, não há palavras mais apropriadas porque, depois de dois filmes fantásticos, Matt Reeves fecha a trilogia com um filme deslumbrante, emocional e provocador que traz um final perfeito.

A história é original, tocante e comovente. É lenta, mas ainda assim bem desenvolvida, e contém muitas reflexões em paralelo com a sociedade de hoje. Além disso, há uma pequena introdução que o faz funcionar como um filme autônomo também. O final é um pouco previsível, especialmente se você viu a série original, mas ainda mantem um suspense e emociona. 

Mas o que faz com que a 'Planeta dos Macacos: A Guerra' se destaque verdadeiramente é a carga emocional da história. Depois de 'Logan', achei que demoraria pra ver um blockbuster com tantas emoções. Emoções genuínas são capturadas na maioria das cenas e servem como fio condutor da narrativa.

E essas emoções, é claro, são entregues pelos macacos (mais humanos que muitos "humanos" hoje em dia). César, o líder dos macacos chegou a uma complexidade que os dois filmes anteriores só podiam aspirar. O filme cai profundamente em sua moral, valores e crenças e explora maravilhosamente seu conflito interior.



Andy Serkis entrega sem dúvida, sua melhor performance com impressionante expressões faciais e um trabalho corporal que é digno de veneração por qualquer ator.

Os outros personagens também são ótimos. Embora não tão desenvolvido como César, os outros macacos são bem feitos, e a nova entrada engraçada "Bad Ape" (provavelmente fique como Macaco Mau na versão dublada), ilumina um pouco os tons dramáticos do filme.


Depois, há os humanos. A maioria deles são apenas caricaturas finas, até chegarmos no Coronel. Ele é o antagonista militar típico e cruel e, no entanto, se qualifica como o melhor vilão da franquia. Ele é melhor do que Koba na minha opinião. 

E o desempenho de Woody Harrelson é muito forte, especialmente quando ele entrega a história de seu personagem e na parte final do filme. Também gostei do contraste com a menina. Ambos são humanos e ainda não podem ser mais diferentes. No entanto, a personagem não tinha muito o que fazer e fica meio apagada. Uma pena, pois ela entrega uma das cenas mais bonitas em um momento de necessidade do Cesar.


Visualmente, o filme é de tirar o fôlego. Os efeitos especiais e a direção de arte são impressionantes. A ação, esse poderia ser o maior problema do filme. Embora não tenha me incomodado, 'Planeta dos Macacos: A Guerra' quase não tem ação. 

Não foram adicionadas muitas cenas de batalha - os trailers deram a maioria deles. No entanto, as poucas sequências de ação são emocionantes e muito bem feitas, então não tenho certeza de que seja um problema real.

Sem esquecer da excelente direção de Matt Reeves, que sem dúvida livra esse filme da maldição dos "terceiros filmes ruins". Sua direção abusa das técnicas de movimentação de câmeras, iluminação e enquadramento usados por Kubrick nos enquadramentos centralizados. Se esbalda na iluminação criando uma atmosfera que reflete o estado dos personagens desenhando luzes e sombras. E com a poderosa trilha sonora cria momentos de suspense adicionando tensão e expectativa em cada nova cena.

Uma coisa é certa, 'Planeta dos Macacos: A Guerra' se qualifica facilmente como um dos melhores filmes do ano até agora e encerra uma trilogia com chave de ouro.

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