Neste último livro da série 'O Navio dos Mortos', nosso herói parte em busca de um líquido sagrado que o tornará capaz de enfrentar Loki, o mais ardiloso e eloquente dos deuses em um vitupério (um duelo de ofensas), e assim, quem sabe, evitar o eminente Ragnarok.
ATENÇÃO!
Como se trata do último livro da série, nossa resenha fará um apanhado geral da saga.
Existem livros que você realmente deseja que sejam mais longos que uma trilogia. A história de Magnus Chase é uma dessas. Mitologia Nórdica não faz parte do conhecimento do grande público além de Thor, que voa com seu martelo pelos filmes do universo da Marvel.
Na série 'Magnus Chase e os deuses de Asgard', Rick Riordan mais uma vez faz o que sabe fazer de melhor, nos apresentar uma mitologia totalmente nova, de uma forma leve, descontraída, recheada com referências da cultura pop, o que faz com que fique impossível de não amar.
Riordan cria uma história que não se torna cansativa, assim como acontece em 'As Crônicas dos Kane', e aos poucos, vai adicionando camadas e mais camadas à jornada dos personagens principais. Ao introduzir novos personagens em cada série, e mesclá-los durante a narrativa (personagens de Percy Jackson aparecem aqui), suas histórias criam um pano de fundo onde tudo é misturado. Está acontecendo ali, lado a lado, e cria uma sensação de reconhecimento tão forte, que você literalmente sente que faz parte daquele universo.
Riordan cria uma história que não se torna cansativa, assim como acontece em 'As Crônicas dos Kane', e aos poucos, vai adicionando camadas e mais camadas à jornada dos personagens principais. Ao introduzir novos personagens em cada série, e mesclá-los durante a narrativa (personagens de Percy Jackson aparecem aqui), suas histórias criam um pano de fundo onde tudo é misturado. Está acontecendo ali, lado a lado, e cria uma sensação de reconhecimento tão forte, que você literalmente sente que faz parte daquele universo.
Com uma gama de personagens, que em minha opinião, é o mais diversificado de todas as suas sagas, o autor faz um paralelo com nossos dias atuais, onde todos podem se identificar com algum personagem desse livro. A representação que o "Tio Rick" cria é algo lindo de ler e merece ser citada com orgulho, pois poucos autores tem a coragem de introduzir temas tão pertinentes em uma história que podemos dizer ser infanto-juvenil.
Vejo com o passar do tempo que alguns leitores têm reclamado da fórmula “repetitiva” do autor. Entretanto, após concluir a leitura dessa saga, acredito que posso dizer que, mesmo se atando a uma fórmula (amigos em perigo + profecia para salvar o mundo + final feliz [às vezes]), Riordan consegue criar um clima de tensão novo a cada história. Seus personagens são sempre cativantes. E você quer chegar ao fim da história, mas ao mesmo tempo não quer deixar aquele mundo.
Eu adoro o Magnus, ele é um personagem que não é "o escolhido" ou o filho do deus mais "fodões" daquela mitologia em particular. Ele é apenas um cara comum, mas seu jeito simples, desajeitado e até engraçado de ver o mundo e tudo ao seu redor, o torna cativante desde sua primeira aparição. Seu crescimento ao longo dos livros é inegável e nesse último, ele entra em uma jornada de autodescoberta que o torna um dos melhores personagens já criados por Riordan.
Existem tantos outros personagens nesse livro que se eu fosse detalhar cada um, a resenha seria uma monografia, mas podemos dizer que Alex, Sam, Blitzen, Heartstone, Mallory, T.J., Gunderson, sem esquecer a espada Jaques (melhor espada cantora de pop da vida). Todos eles bem construídos e incrivelmente importantes ao longo da jornada.
Embora a capa do livro carregue o nome 'Magnus Chase', em nenhum momento os outros personagens ficam em segundo plano, ou são renegados ao esquecimento. O envolvimento e crescimento de todos é constante, e isso acrescenta muito na história, pois você tem aquela percepção de união que é sempre uma das mensagens mais recorrentes nos livros do autor.
Alex Fierro merece uma menção honrosa pela qualidade com a qual a personagem foi construída. Filha de Loki, ela é transgênero. Alguns dias se identifica como ela, e em outros dias como ele. A forma sutil, mas tão bonita e sincera que nos é apresentada, com seus dilemas sobre essa dualidade, sobre como a personagem enxerga o mundo, e como o mundo a enxerga é tratada com um cuidado tão especial, que só mostra o quanto Rick Riordan é um dos melhores autores da atualidade.
'Magnus Chase e os deuses de Asgard' deve ser lido por todos que gostem de mitologia e uma boa aventura, sem deixar a comédia de lado. A leitura é simples, rápida, dinâmica e com certeza terá referências nerd pra agradar a todos. De 'Star Wars' a 'Game Of Thrones', sempre tem uma tirada esperando pra te fazer rir.
'Magnus Chase e os deuses de Asgard' deve ser lido por todos que gostem de mitologia e uma boa aventura, sem deixar a comédia de lado. A leitura é simples, rápida, dinâmica e com certeza terá referências nerd pra agradar a todos. De 'Star Wars' a 'Game Of Thrones', sempre tem uma tirada esperando pra te fazer rir.
Mais uma trilogia encerrada e mais uma vez eu digo, obrigado Rick por criar um universo onde tudo é possível.
Compre a saga 'Magnus Chase e os Deuses de Asgard'
Livro I - A Espada do Verão
Livro II - O Martelo de Thor
Livro III - O Navio dos Mortos
Hotel Valhala - Guia dos Mundos Nórdicos