O novo perfil do The X Factor: as músicas originais

A temporada atual da edição britânica do The X Factor foi um pouco atípica principalmente quando chegamos aos programas ao vivo. De car…
A temporada atual da edição britânica do The X Factor foi um pouco atípica principalmente quando chegamos aos programas ao vivo. De cara encontramos um palco menor e arredondado, um mezanino para os participantes acompanharem tudo junto com o público (que também foi reduzido no estúdio) e o fim das músicas em grupo no início dos episódios de domingo. Mas a grande mudança foi número de programas ao vivo, que de 10 semanas passaram para 6, acelerando as eliminações e, claro, o contato do público com esses novos artistas.

E falando no público, dessa vez as votações são de total responsabilidade deles. Os jurados são só mentores, não decidem quem sai ou fica. Isso até certo ponto, porque temos o dono do programa, Simon Cowell, na bancada mais uma vez. Essa mudança de visão dos jurados fez com que a edição do programa também mudasse. Deixamos de acompanhar tantos encontros deles com seus pupilos, escutar dicas e sugestões musicais. Suas aparições eram basicamente no ensaio final, para analisar a estrutura de palco e qualidade da performance antes do show ao vivo.

Continuando com as mudanças, essa temporada trouxe temas musicais mais abertos para os programas ao vivo, possibilitando que os artistas fizessem escolhas melhores para suas apresentações. Assim, o número de músicas originais aumentou e viraram o grande destaque da temporada. Mas não dá para esquecer que isso vem acontecendo desde as audições, como podemos ver nos vídeos a seguir.


As músicas originais tornaram-se uma necessidade para o programa e trouxeram medo para os outros participantes, principalmente quando Rak-Su e Grace Davies (atuais finalistas) começaram a ganhar destaque no iTunes britânico com as músicas gravadas ao vivo durante o programa. Vale lembrar que essas são versões mais curtas, não chegam a 3 minutos. Isso só mostra que o público cansou do karaokê e quer novidades.


Mesmo que não exista ainda uma regra tornando obrigatória só músicas originais, temos ótimas versões de músicas no programa. Destaque para Kevin Davy (também finalista, queridinho da Fergie e Ed Sheeran), Rai-Elle Williams, Lloyd Macey e The Cutkelvins.


Por um lado trazer músicas originais para um programa de calouros é uma vantagem e tanto. O 'Superstar' já tinha mostrado isso para o público brasileiro e pelo jeito a "ideia" chegou pela terra da rainha de uma maneira muito forte. Até porque, ter um repertório quase pronto reduz o intervalo de preparo e produção de um álbum, em que muitas vezes a gravadora quer montar ou encontrar um perfil para o novo artista.

Se formos em busca dos últimos ganhadores, o vencedor de 2016, Matt Terry, lançou seu álbum na última semana (24/11). Já a vencedora de 2015, Louisa Johnson, já teve o álbum de estreia adiado inúmeras vezes e ainda não ganhou uma nova data de lançamento.


Mas não podemos esquecer um detalhe importante: o streaming. Dessa vez o The X Factor apostou em uma parceria única com a Apple Music e ignorou totalmente o Spotify. Obviamente eles pensaram no retorno financeiro, o que é uma pena, pois as músicas chegariam a mais pessoas e consequentemente a muitas playlists, que auxiliam (e muito) no sucesso de novos artistas e na audiência do programa.

A 14ª temporada da edição britânica do The X Factor acaba no próximo domingo (03/12) e, sinceramente, eu já anunciaria que os finalistas Grace DaviesKevin DavyRak-Su, fecharam contrato de gravação com a SyCo. Fazia muito tempo que o programa não tinha 3 finalistas tão bons quanto nessa temporada. E vamos torcer que nas próximas temporadas mais músicas originais ganhem os palcos.

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