Acho que esse ano foi a primeira vez que me interessei pelas eleições. Não em um sentido de seguir um partido ou idolatrar um candidato, mas em buscar como funciona o processo, o que pode ou não ser feito, e, obviamente, entender as propostas de cada um, independente do cargo. Durante todo esse período o que mais atrapalhou foi o tempo verificando informações e duvidando, na maioria das vezes, de tudo e todos.
Isso me lembrou demais momentos da adolescência e início da vida adulta, em que eu tinha que sempre me justificar ao máximo, apresentar os fatos, simplesmente porque tudo o que dizia era desacreditado, até mesmo na minha própria casa. Era difícil ser levado a sério, afinal, muitas das minhas informações vinham da internet, ou seja, quase nunca podia contestar, apresentar a verdade ou outra realidade dos fatos. Isso machucou e trouxe muita insegurança, principalmente por ver que as pessoas com quem mais convivia e confiava, não acreditavam em mim.
Esse tempo me fez ter a certeza que queria seguir a área da comunicação. Ter a certeza que eu poderia informar e levar o melhor para as pessoas. E, a princípio, essas dificuldades tinham acabado. Consegui conquistar meu espaço e ter um mínimo de certeza que as pessoas acreditavam e confiavam em mim.
Porém, os últimos 5 meses fizeram essa autoconfiança ser quebrada mais uma vez. Percebi que as informações falsas, a falta de vontade para buscar fontes e a verdade, me irritam demais. Isso dentro da minha própria casa, família e em um pequeno círculo da internet.
Lembra daqueles momentos em que falei, que mesmo mostrando a verdade ninguém acreditava? Pois é, eles voltaram a acontecer. Não só voltaram, como na maioria das vezes essas pessoas fingem que a verdade não existe. O mais triste é ver como preferem ler mentiras, julgar os outros, bravejar "FAKE NEWS!" por qualquer coisa, chamar qualquer um de corrupto, mas esquecem que "suas pequenas corrupções" também fazem parte desse mesmo "núcleo".
Pelo jeito vou ter que buscar cada vez mais pela verdade e tentar levar a realidade para as pessoas mais próximas. Caso elas não queiram acreditar, ou simplesmente apaguem a mensagem que você enviou, por ter medo ou vergonha de retransmitir a informação verdadeira, lembre-se: pelo menos você fez sua parte. Afinal, você não pode e não deve ser responsável pelo erro alheio a todo momento.