Com a pergunta 'E se a vida lhe desse uma segunda chance?' os leitores iniciam a jornada literária por 'O Farol e a Tempestade', do brasileiro Romulo Felippe, lançado esse ano pela Editora Novo Conceito.
Ao começar a leitura conhecemos Samuel Jones, um renomado escritor que está prestes a se matar enforcado no farol de Farethon, uma ilha isolada no oceano. Paralelo à isso conhecemos também Julianne Crawford, apelidada de Anne. Ela é uma famosa fotógrafa nova-iorquina, que está viajando de avião a trabalho.
Sam, como é conhecido o escritor, guarda grandes amarguras da vida e pede a Deus um sinal, caso seja o desejo d'Ele que não se mate. O sinal vem, e é a queda do avião de Anne no mar. O escritor então pega um bote e corre para tentar salvar algum sobrevivente do desastre aéreo. A única sobrevivente é a fotógrafa, e é assim que a história dos dois começam.
Sam, como é conhecido o escritor, guarda grandes amarguras da vida e pede a Deus um sinal, caso seja o desejo d'Ele que não se mate. O sinal vem, e é a queda do avião de Anne no mar. O escritor então pega um bote e corre para tentar salvar algum sobrevivente do desastre aéreo. A única sobrevivente é a fotógrafa, e é assim que a história dos dois começam.
Como o avião caiu em meio à uma tempestade, houve raios, que acabaram afetando o rádio de Sam, seu único meio de comunicação com o mundo. Ele então cuida de Anne, que não sofreu ferimentos graves, e o jeito é aguardar pela embarcação com mantimentos, que vêm à ilha de vez em quando.
Nesse meio tempo Sam e Anne constroem uma amizade, enquanto ele tenta lidar com os traumas e perdas do passado, e ela tenta lembrar da vida que tinha, pois perdeu a memória com a queda do avião. Aos poucos a amizade vai se transformando em algo mais, e Sam e Anne vivem um romance.
Porém, nada é eterno, e depois de duas semanas a embarcação com mantimentos chega, e Sam avisa sobre a queda do avião e que Anne sobreviveu. Logo o resgate chega, e Anne retorna para Nova-Iorque.
O livro tem uma proposta muito interessante. Sempre gostei de histórias onde estranhos eram obrigados a ficar juntos em algum lugar isolado, tendo que conviver. E isso me chamou a atenção para "O Farol e a Tempestade", e me empolguei para ler.
O livro tem uma proposta muito interessante. Sempre gostei de histórias onde estranhos eram obrigados a ficar juntos em algum lugar isolado, tendo que conviver. E isso me chamou a atenção para "O Farol e a Tempestade", e me empolguei para ler.
O começo do livro foi bem legal, pois não sabemos qual foi o trauma do passado de Sam, e também não sabemos muito sobre Anne, já que ela perdeu a memória. Aos poucos a história de vida dos dois vai sendo revelada. Mas na metade do livro a narrativa fica extremamente cansativa. Ao mesmo tempo que eles se apaixonam muito rapidamente, o romance dos dois é muito água com açúcar, e fica desinteressante. Tanto que quando cheguei na metade fiquei semanas sem ler o livro, por preguiça de continuar.
Mas quando o livro se encaminhou para o final, acabou ganhando mais emoção, pois acontecem várias coisas. Achei que o autor pecou aí. Deu muito destaque para o romance dos dois na metade do livro, e no final parece que correu com a narrativa. Acontecem muitos fatos e revelações perto do encerramento, mas que na minha opinião não tiveram o merecido desenvolvimento e destaque.
Uma das coisas que eu não gostei em 'O Farol e a Tempestade' foram algumas descrições do autor. Por exemplo, quando ele ia citar que anoiteceu ele dizia "o manto da noite caiu", ou então o Sam ia se referir à Anne e falava algo do tipo "minha bela amada". Achei forçado demais isso, um pouco desnecessário.
Por outro lado, a história traz questões importantes para refletir. Uma delas é sobre como lidar com perdas e tentar seguir a vida depois de tragédias pessoais. Tanto Sam como Anne sofreram bastante, mas não desistiram de viver, e de alguma força encontraram forças para serem felizes de novo. Acho que essa é a mensagem que deve ficar, que sempre podemos recomeçar.
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