'Você radical' é um teste de acertos, erros e um pouco de culpa

Publicado originalmente no Diário de Santa Maria. Programas interativos não são uma certa novidade. Aqui no Brasil, além dos infanti…


Programas interativos não são uma certa novidade. Aqui no Brasil, além dos infantis e game shows, já tivemos o clássico 'Você Decide' (Rede Globo) que o telespectador escolhia o que gostaria de assistir nas próximas cenas, via ligação telefônica. Mas o tempo passou e o telefone não é mais necessário para decidir o destino de um enredo. O controle remoto já faz essa função. Só que de certa forma ela pode trazer um sentimento de culpa, afinal nem toda a escolha vai ser a melhor.

Na experiência interativa 'Você Radical' (Netflix), acompanhamos o apresentador Bear Grylls, do famoso programa 'À Prova de Tudo' (Discovery Channel), incentivando o espectador a escolher a melhor opção para suas aventuras de sobrevivência. O que em muitos momentos pode ser divertido, quando o resultado não é bom (e você precisa recomeçar), surge que uma enorme decepção. Afinal, será que escolheríamos errada para nossa vida em uma situação real?


Obviamente tudo o que está sendo apresentado ali já é algo experimentado e testado, para garantir a segurança do apresentador e oferecer as melhores opções de escolha ao público. Ou seja, se você vai esperando algo mais trágico com escolhas erradas, pode ter certeza que não irá acontecer. Mas na minha tentativa de acompanhar e participar desses 8 episódios (com uma média de 18 minutos) vem a enorme frustração de erro.

Provavelmente isso reflita na dificuldade que temos de errar e entender que corrigir os problemas para aprimorar o futuro é necessário. Confesso que ainda não me arrisquei a terminar ou até mesmo refazer os episódios que não obtive êxito, mas é algo que vamos construindo com o tempo e entendendo que tudo bem errar o caminho em uma missão. O importante é chegar ao final e comemorar um resultado.

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