Mas hoje quero aproveitar que é Dia Dos Namorados e falar sobre a paixão, o gostoso processo de descobri-la (ou redescobri-la).
Solteiros
Eu não sei vocês, mas pra mim se apaixonar não é tarefa muito simples. Como boa geminiana eu adoro flertar, mas algo inocente, quase que uma brincadeira. Mas a paixão, as borboletas no estômago? Ah, isso é bem raro.
A última vez que sai com uma pessoa em um date foi algo sem sentimento, apenas casual. E parecia que eu estava oca por dentro, no modo automático. Sabe qual foi a parte mais legal da noite? Ficar fofocando sobre conhecidos em comum. Ali senti que estávamos em um momento mais íntimo e realmente compartilhando algo. E é isso que eu curto.
O que me faz brilhar os olhos é justamente ver o brilho no olhar do outro. A coisa mais linda pra mim é ver a pessoa falando sobre algo que a faz feliz. Pode ser algo bobo, como um detalhe do seu dia, ou algo mais profundo. Isso pra mim não tem preço. E são nesses momentos que você acaba sentindo aquela “faísca”, e quando vê está se apaixonando.
Eu vou pegar o gancho de um trecho do texto do Lucio, 'Aos desiludidos com o amor, um Feliz dia dos Namorados', e dizer que eu também fiquei feliz quando percebi que podia sentir algo novamente. Às vezes a gente fica tanto tempo nesse “modo automático” que parece que nunca mais vai aparecer alguém que nos faça sentir vivos (essa é exatamente a palavra). E compartilho do mesmo pensamento do Lucio: quando aparece, mesmo que não seja recíproco, ou esteja no começo, a sensação é fantástica por si só.
Em um relacionamento sério
Aqui não é muito a minha praia, mas vou escrever com base no que eu vejo e em conversas com amigas. Refletiu sobre a última vez que sentiu aquela vibração da paixão? Se você não lembra quando foi, talvez seja um sinal de alerta.
É normal cair na rotina, afinal, muita gente até prefere saber como será o dia a dia e não ter surpresas pelo caminho. Mas pensa bem, tem um motivo pra vocês estarem juntos, certo? Essa “faísca” ainda precisa viver, por mais rotina que a relação tenha. E é aí que muita gente perde o trilho, se acomoda e continua na relação.
Quantos casais de famosos vemos por aí que terminam amigavelmente e os fãs ficam “Ué? Mas eles eram ótimos juntos”. Eu acho corajoso demais quem faz isso. Porque de certa forma, é cômodo você ficar com aquele namorado(a)/marido(esposa) que virou mais um amigo(a), sem correr riscos e sabendo o que vem pela frente. Mas quando você quebra o padrão, está aceitando enfrentar uma avalanche de novos sentimentos e emoções. Isso é admirável, e necessário em muitos casos. Afinal, às vezes a vida leva a gente por caminhos que não imaginávamos, e tudo bem.
Por outro lado, também escutamos histórias de casais que estão juntos e felizes há 20, 30, 40, 50 anos. Com certeza essas pessoas tiveram muitos altos e baixos pelo caminho, mas de alguma forma encontraram um jeito de continuar sentindo o friozinho na barriga. O segredo deles eu não sei, mas acho que o respeito e cuidado nos detalhes diários devem contribuir. Porque como diz o ditado, “a vida é feita de detalhes”, e talvez essas histórias de 50 anos sejam “apenas” histórias de vários detalhes que fazem a diferença.
Como diria Olivia Rodrigo, talvez eu seja muito emotiva, mas pelo fato de ser meio raro me apaixonar, quando acontece é difícil controlar o freio. Mas acho que a graça tá aí, em viver essa expectativa, com um mundo de possibilidades em conhecer uma nova pessoa. Então se você está sentindo isso, vá em frente. Afinal, que seja eterno enquanto dure.
Um feliz Dia dos Namorados a todos que nesse momento sentem borboletas no estômago!