'Que mal eu fiz a Deus? 2' é a sequência do filme francês, lançado em 2014, que dessa vez chega diretamente aos cinemas pela A2 Filmes. O original já está disponível nas plataformas de vídeo.
Depois do primeiro filme, em que os pais católicos, protetores, racistas e xenófobos passam pelo processo de ver as filhas casando com pessoas que eles não queriam, sua sequência, lançada 5 anos após o filme original, traz como temáticas uma possível despedidas das filhas e o casamento de Viviane, irmã de Charles.
Vale o aviso, que é apresentado logo no início do filme: ali o politicamente correto é ignorado em todas as situações. Com isso Claude (Christian Clavier) e Marie Verneuil (Chantal Lauby) aproveitam o retorno de uma viagem, em que visitaram os sogros de suas filhas, para glorificar sua permanência e amor pela França. E isso vai de embate com o pensamento das filhas e genros morarem no exterior. A partir daí eles criam planos para impedir a mudança e principalmente enaltecer a cultura francesa.
Além disso, os pais de Charles, André (Pascal N'Zonzi) e Madeleine Kofi (Salimata Kamate), descobrem que sua filha Viviane (Tatiana Rojo) vai casar em um momento que ela comemora em seu quarto, após uma conversa com a namorada, Nicole (Claudia Tagbo). Com a viagem para a França marcada, a família vai até o país conhecer a parceira da filha, sem mesmo dar tempo de Nicole contar que ela é uma mulher.
Confesso que ambos os filmes me incomodaram. Em certos momentos na relação das irmãs é possível acompanhar boas histórias, mas o relacionamento com os pais estraga muito a forma como são conduzidas. Eles interferem demais na vida das filhas e não permitem que cresçam sem sair do "ninho familiar". Como se a vida delas dependesse dos pais.
Obviamente é muito fácil conectar com famílias que conhecemos, mas acho que fica a ideia de como não seguir o exemplo de uma família. Mesmo assim, o filme é um grande sucesso na França. Tanto que o terceiro filme chega em 2022 nos cinemas de lá.