Uma mãe viúva negra
Mona é uma mulher determinada a ocupar as entranhas de Beau, lhe invadindo lugares internos que deveriam ser privados como o seu interesse por mulheres em sua pré-adolescência e desejos sexuais próprios da idade. Mona parece querer ser a única mulher na vida de Beau e se alimenta de seus sentimentos e emoções de uma maneira incestuosa.
Já no começo do filme vemos à referência à aranha quando aviso de dedetização nas portas dos apartamentos. de acordo com a Super Interessante, após a cópula, a aranha viúva negra se alimenta do macho, assim como a história que mona contava à seu filho quando era criança. Dizia ela que seu pai tinha morrido no ato de sua concepção pois tinha uma condição coronária desfavorável. Então, Mona, mesmo sabendo disso, escolheu ter um filho e sacrificou o marido.
Segundo ele, a mãe devoradora é um arquétipo feminino que representa uma figura materna excessivamente controladora e dominadora. A roupagem pode parecer superproteção mas há elementos mortíferos em suas ações. Essa figura materna pode sufocar a criança, impedindo-a de se desenvolver, tornar independente e adquirir um self genuíno e próprio.
A relação mãe e bebê é um algo extremamente complexo e acaba compondo a personalidade de seu filho mais tarde. O psicanalista e pediatra britânico Donald Winnicott fala que as falhas ambientais (e a mãe neste caso também faz parte do ambiente) se forem insuperáveis, seja pela prolongada inadequação da mãe ou pela falta de recursos que o bebê pode ter para lidar com os estímulos excessivos vindos da mãe podem até levar à possíveis psicoses.
A mãe viúva negra, devoradora, tóxica, borderline, como quiser, pode ser uma influência perniciosa na vida de um filho. Beau tem medo de sua mãe. E tudo fica mais complicado por que ele também a ama.